Mudanças entre as edições de "464XLAT utilizando a ferramenta Jool"

De Wiki BPF
Ir para: navegação, pesquisa
(Introdução)
Linha 18: Linha 18:
  
 
Este estudo faz parte de um trabalho desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas ([https://www.unicamp.br UNICAMP]) de forma a acelerar e adequar os sistemas computacionais a conviver com o protocolo IPv6 e oferecer uma Internet cada vez melhor a toda comunidade na promoção do ensino, pesquisa e extensão.
 
Este estudo faz parte de um trabalho desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas ([https://www.unicamp.br UNICAMP]) de forma a acelerar e adequar os sistemas computacionais a conviver com o protocolo IPv6 e oferecer uma Internet cada vez melhor a toda comunidade na promoção do ensino, pesquisa e extensão.
 +
 +
=== Por que utilizar o 464XLAT ? ===
 +
 +
Inicialmente este estudo começou como uma rede piloto utilizando o mecanismo de transição NAT64 em conjunto com o DNS64 em uma rede sem fio para atender os alunos, docentes e visitantes que chegam na Universidade, mais especificamente na Faculdade de Ciências Aplicadas ([https://www.fca.unicamp.br/portal/pt-br/ FCA]), devido a não termos mais IPv4 públicos disponíveis para serem atribuídos. A ideia inicial foi distribuir somente endereços IPv6 para todos os dispositivos da rede sem fio da Unidade e assim concluído, atender os usuários famintos por conectividade. Esse estudo está disponível [https://www.lacnic.net/innovaportal/file/3207/1/apresentacao-lacnic-henri-v2.pdf aqui] para quem desejar obter mais detalhes.
 +
 +
Apesar do seu bom funcionamento e sua crescente utilização, durante o uso do NAT64 foi detectado alguns problemas durante sua convivência na rede:
 +
 +
* Dispositivos legados de usuários e visitantes que não suportavam o protocolo IPv6.
 +
* Aplicações que ainda utilizavam IP literal.
 +
* Dificuldade no mapeamento de pastas e impressoras na rede.
 +
 +
Uma solução para esses problemas é um outro mecanismo de transição muito similar ao NAT64, chamado de 464XLAT RFC 6877, porém ao invés de ter somente um endereço IPv6 é entregue também um endereço IPv4 privado. Com isso podemos atender os dispositivos legados que não possuem suporte a IPv6. De maneira geral a diferença no mecanismo foi a adição de um tradutor o mais próximo ao cliente chamado de CLAT (customer-side translator) executando a função de tradução de IPv4 par IPv6 chamado de Stateless IP/ICMP Translation Algorithm (SIIT) RFC 7915. Existe um entendimento hoje de chamarem o CLAT como sendo NAT46.
 +
 +
Exemplo: Um dispositivo que tenha recebido somente um IPv4 privado e deseja acessar um endereço também em IPv4, sofrerá um primeira tradução de endereços no usuário final (CLAT) para que o endereço em IPv6 seja transmitido por uma infraestrutura IPv6 até chegar ao Provedor de Acesso a Internet, onde será realizada uma segunda tradução, agora para IPv4 novamente, chegando ao seu destino. Chamados essa segunda tradução de PLAT (provider-side translator) que nada mais é que um NAT64, já conhecido.

Edição das 16h59min de 30 de janeiro de 2020

Índice

  1. Introdução
  2. Por que utilizar o 464XLAT ?
  3. Por que utilizar o Jool ?
  4. Topologia
  5. Instalação e Configuração do Ambiente
  6. Implementando o CLAT:
  7. Implementando o PLAT:
  8. Auditoria:
  9. Conclusão:
  10. Referências:

Introdução

Este breve artigo tem como objetivo demonstrar o uso do mecanismo de transição 464XLAT através da ferramenta de código aberto Jool, desenvolvido pela equipe do NIC México. Serão abordados conceitos e comandos básicos que podem ser utilizados tanto para Provedores de Acesso a Internet, Universidades, Empresas, como também quem deseja montar um laboratórios de testes iniciais para conhecer a ferramenta e o funcionamento do 464XLAT em redes locais e sem fio.

Com a escassez cada vez mais nos números IP versão 4 (IPv4) e a necessidade de conexão de cada vez mais dispositivos na Internet, a adoção do IP versão 6 (IPv6) é a solução mais viável até o momento para que possamos crescer e expandir novos serviços de conexão a Internet. Recentemente a Diretoria do LACNIC fez um comunicado à comunidade para favorecer e acelerar a implementação do IPv6 nas redes da região.

Este estudo faz parte de um trabalho desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) de forma a acelerar e adequar os sistemas computacionais a conviver com o protocolo IPv6 e oferecer uma Internet cada vez melhor a toda comunidade na promoção do ensino, pesquisa e extensão.

Por que utilizar o 464XLAT ?

Inicialmente este estudo começou como uma rede piloto utilizando o mecanismo de transição NAT64 em conjunto com o DNS64 em uma rede sem fio para atender os alunos, docentes e visitantes que chegam na Universidade, mais especificamente na Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), devido a não termos mais IPv4 públicos disponíveis para serem atribuídos. A ideia inicial foi distribuir somente endereços IPv6 para todos os dispositivos da rede sem fio da Unidade e assim concluído, atender os usuários famintos por conectividade. Esse estudo está disponível aqui para quem desejar obter mais detalhes.

Apesar do seu bom funcionamento e sua crescente utilização, durante o uso do NAT64 foi detectado alguns problemas durante sua convivência na rede:

  • Dispositivos legados de usuários e visitantes que não suportavam o protocolo IPv6.
  • Aplicações que ainda utilizavam IP literal.
  • Dificuldade no mapeamento de pastas e impressoras na rede.

Uma solução para esses problemas é um outro mecanismo de transição muito similar ao NAT64, chamado de 464XLAT RFC 6877, porém ao invés de ter somente um endereço IPv6 é entregue também um endereço IPv4 privado. Com isso podemos atender os dispositivos legados que não possuem suporte a IPv6. De maneira geral a diferença no mecanismo foi a adição de um tradutor o mais próximo ao cliente chamado de CLAT (customer-side translator) executando a função de tradução de IPv4 par IPv6 chamado de Stateless IP/ICMP Translation Algorithm (SIIT) RFC 7915. Existe um entendimento hoje de chamarem o CLAT como sendo NAT46.

Exemplo: Um dispositivo que tenha recebido somente um IPv4 privado e deseja acessar um endereço também em IPv4, sofrerá um primeira tradução de endereços no usuário final (CLAT) para que o endereço em IPv6 seja transmitido por uma infraestrutura IPv6 até chegar ao Provedor de Acesso a Internet, onde será realizada uma segunda tradução, agora para IPv4 novamente, chegando ao seu destino. Chamados essa segunda tradução de PLAT (provider-side translator) que nada mais é que um NAT64, já conhecido.