CGNAT na pratica
Descrição:
Com o esgotamento do IPv4 mundialmente, precisamos tomar algumas providências para que a Internet não pare. As que vejo de imediatas são: IPv6 e CGNAT (Carrier Grade NAT). O IPv6 é a real solução para os problemas de esgotamento e o CGNAT seria a "gambiarra" necessária para continuar com o IPv4 até que a Internet esteja 100% em IPv6. Nesse artigo será explicado como montar uma caixa CGNAT funcional para atender as necessidades básicas. O que será colocado abaixo, funciona muito bem aqui no nosso AS e nos permite avançar com o IPv6. No nosso exemplo as caixas PPPoE (B-RAS - Broadband Remote Access Server) não fazem NAT, pois o recurso de controlar estados de conexões e controles de NAT, consomem muito processamento e podem atrapalhar a performance da caixa PPPoE.
Diagrama de exemplo:
No B-RAS é configurado um PBR (Policy Based Routing) onde apenas IPs do bloco 100.64.0.0/10 são roteados diretamente para a caixa CGNAT. Qualquer IPv4 público ou IPv6, são roteados diretamente para o Router/Firewall. Isso evita processamento e tráfego desnecessário na caixa de CGNAT. Através dessa manobra evitamos qualquer uso de stateful e NAT no B-RAS, aumentando a performance do mesmo. No diagrama ao lado a linha vermelha simboliza o tráfego do bloco 100.64.0.0/10 indo para o CGNAT. A linha amarela seria o tráfego já nateado e sendo roteado para o Router/Firewall. A linha verde é o tráfego mais limpo, sem "gambiarras" e o real objetivo que devemos seguir para uma Internet melhor.
O Router/Firewall é um equipamento onde podemos inserir algumas regras de Firewall stateless para filtrar alguns pacotes indesejados como alguns tipos de spoofing, alguns pacotes UDP de certas portas usadas para ataques de amplificação, etc. Nunca! Jamais faça uso de regras stateful nesse nível de Firewall, pois determinados ataques podem estourar suas tabelas de controle de estados de conexões e derrubar todo o tráfego.
O Router de Borda dispensa comentários não é mesmo? Vamos voltar para o conteúdo que realmente interessa.