Mudanças entre as edições de "Enciclopedia e desciclopedia da telecom"
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Edição das 20h05min de 7 de janeiro de 2020
Enciclopédia e "Desciclopédia" da Telecom
Autor: Leonardo Furtado
Introdução
Este artigo sofrerá adições de termos, acrônimos e expressões, um tanto frequentemente! Será a nossa Enciclopédia para descrever e, sempre que possível, exemplificar cada um dos termos usados pelas empresas e profissionais das áreas de telecomunicações e redes! Da mesma forma, este artigo fornecerá, e buscará deixar destacado, juntamente a cada termo, onde aplicável, uma "Desciclopédia" (nada melhor que uma dose de humor, certo?) para comentar situações que são verdadeiras gambiarras encontradas no setor de telecomunicações.
A Enciclopédia reúne as expressões legítimas e corretas. Já a Desciclopédia, reúne situações um tanto controversas que surgiram na cabeça altamente criativa dos profissionais da área; as gambiarras!
OBS: a prioridade de edição do artigo será o fornecimento das explicações referentes aos termos e, em segundo momento, a inclusão de algum tipo de exemplo ou referência. Se algum termo não contiver um exemplo ou uma referência, simplesmente aguarde, pois isto será realizado posteriormente.
Desde já, solicito para que você siga acompanhando os trabalhos do Brasil Peering Forum (BPF), faça o bom e sensato uso de boas práticas, e diga não as gambiarras!
Como consultar este artigo ou buscar os termos e expressões desejadas
Para este procedimento, sugiro:
- Todos os acrônimos, termos ou expressões estão listados em ordem alfabética. Você poderá navegar pelo índice remissivo, clicar no acrônimo ou termo desejado, e ser direcionado diretamente para ele. Ou;
- Faça uma pesquisa diretamente através de seu navegador (ex: CTRL-F)!
Aprecie sem moderação!
6PE
Acrônimo: IPv6 Provider Edge over MPLS (6PE).
Conheça mais aqui: Introducao ao IPv6 Provider Edge over MPLS e 6VPE
O 6PE é um cenário de transição para a adoção do roteamento IPv6 onde, no Core do operador da rede (ISP), não há endereçamento IPv6 (ainda), e toda a comunicação através dos roteadores de backbone se dá com endereçamento IPv4. Para maior eficiência, flexibilidade, e redução de custos, o 6PE pode ser projetado em um ambiente de backone (Core) isento de BGP, num cenário denominado "6PE com BGP-Free Core" mas, no entanto, são coisas distintas e uma coisa não depende da outra, embora aa combinação de ambas as estratégias tende a provocar muitos benefícios.
6VPE
Acrônimo: IPv6 Provider Edge over MPLS VPN (6VPE).
Conheça mais aqui: Introducao ao IPv6 Provider Edge over MPLS e 6VPE
O 6VPE é um cenário de transição para a adoção do roteamento IPv6 na relação entre o ISP e clientes corporativos de serviços L3VPN MPLS, onde, no Core do operador da rede (ISP), não há endereçamento IPv6, e toda a comunicação através dos roteadores de backbone se dá com endereçamento IPv4. A diferença entre o 6PE e o 6VPE é que o 6PE lida com o roteamento IPv6 unicast sobre uma infraestrutura de backbone IPv4 em uma rede MPLS, enquanto o 6VPE lida com a troca de prefixos IPv6 unicast sobre uma infraestrutura L3VPN MPLS com sessões IBGP em IPv4 e com o suporte VPNv6 entre os roteadores PE. O BGP-Free Core não é um requisito para 6VPE ou 6PE, mas poderá agregar maior flexibilidade e promover redução de custos para o operador de redes.
AAA
Acrônimo: Authentication, Authorization, Accounting.
O AAA pode ser tratado como um framework ou um conjunto de especificações tecnológicas e recursos para a concepção de mecanismos mais seguros visando a admissão de usuários e endpoints (dispositivos) em uma rede. O AAA, além de representar um conjunto de procedimentos, é usado geralmente em combinação com protocolos e serviços tais como RADIU, TACACS+ e Diameter. Como o próprio nome sugere, a proposta é a de fornecer métodos seguros visando a autenticação de usuário e/ou dispositivo (ex: computador, roteador CPE, ou outro tipo de dispositivo), a posterior autorização, o que, por sua vez, ditará propriedades para o acesso concedido, tais como a atribuição dinâmica e VLAN, uma ACL dinâmica, um Scalable Group Tag (SGT), atribuição de endereçamento IPv4 e IPv6 (muito comum no caso do PPPoE), dentre uma diversidade de outras variáveis que podem ser associadas ao usuário e/ou ao seu dispositivo. E, por último, a manutenção de registros de atividades para fins de auditoria daquele acesso.
Exemplos de cenários onde o AAA é empregado: controle de acesso centralizado aos equipamentos da rede por parte de operadores/administradores, e com autorização e registro de comandos na CLI, autenticação de portas de switches com o protocolo 802.1X (conhecido também como solução IBNS), controle de acesso e admissão à rede (uma evolução do IBNS conhecida por Network Access Control (NAC), autenticação de assinantes PPPoE e IPoE em concentradores de serviço de Internet banda larga (BNG/BRAS), autenticação de usuários e dispositivos móveis em redes WLAN.
Access-List
Uma Lista de Acesso (Access-List ou ACL) é uma ferramenta absolutamente versátil disponível em roteadores e switches, e também em outros tipos de equipamentos de redes, e que tem como proposta primária atuar como mecanismo de classificação de pacotes ou, em muitos casos, para classificação de rotas. Após a classificação de pacotes, uma ação pode ser vinculada para o pacote, e conforme diretivas do administrador da rede.
Exemplos de cenários onde uma ACL é empregada: filtro stateles de pacotes (packet filtering), filtro stateful de pacotes (quando a ACL é vinculada em um roteador com suporte a firewall stateful), classificação de tráfego que deverá ou não sofrer tradução de endereços (em ambiente NAT e CGNAT), classificação de tráfego que deverá sofrer uma política de roteamento diferenciada para encaminhamento de tráfego "bypassando" a tabela de roteamento (uma PBR, ABF, e similares), classificação de pacotes para o posicionamento em classes de tráfego e posterior tratamento de qualidade de serviço (QoS), classificação de pacotes autorizados para serviços de gerenciamento do equipamento (acesso à CLI por SSH, acesso ao equipamento via SNMP, NETCONF, etc.), classificação dos pacotes de servidores NTP autorizados a sincronizar data/hora com o seu equipamento, classificação e rotas que deverão ser invocadas por um filtro de rotas ou por uma política de roteamento, e muitos outros.
Uma ACL pode ser considerada um verdadeiro "canivete suíço"!
AS
Acrônimo: Autonomous System.
Um (o) sistema autônomo representa a coletânea de dispositivos de rede sob uma administração comum, e o termo é geralmente empregado para representar uma rede inteira de uma determinada empresa, seja ela um provedor de acesso à Internet (ISP), uma empresa do segmento corporativo, ou uma instituição qualquer. Em primeiro momento, o AS tipifica exatamente isto: a "rede" daquela empresa. No entanto, algumas tecnologias levam o termo AS para as suas próprias funcionalidades, capacidades e propriedades, dando uma expedição bem mais prática ao termo. Uma desta tecnologias é o protocolo de roteamento BGP, como todo profissional de ISP sabe.
No caso do BGP, o Sistema Autônomo (AS) não é apenas algo teórico, e sim o componente principal do próprio protocolo de roteamento. O BGP é configurado nos roteadores daquele AS, juntamente com uma série de propriedades e parâmetros (tais como sessões, anúncios, filtros, políticas de roteamento, etc.) para representar aquela rede e as suas respectivas políticas de roteamento, ou seja, havendo uma relação muito íntima com esta definição de AS. A Internet é composta por dezenas de milhares de sistemas autônomos, obviamente interconectados pelo protocolo de roteamento BGP.
BGP
Acrônimo: Border Gateway Protocol.
Conheça mais aqui: O mínimo que você precisa saber sobre o BGP.
O BGP ou BGP-4 é um protocolo de roteamento do tipo vetor de caminhos e exterior (path vector e EGP), e pode ser considerado como a base de todo o roteamento de Internet. Todo o funcionamento da Internet depende da boa operação do BGP e, sem ele, simplesmente não há a Internet. Obviamente que a Internet depende de muito mais coisas que o protocolo de roteamento BGP para funcionar, mas, sem dúvidas, ele é um componente tido como central.
O protocolo de roteamento BGP tem sofrido muitos aditivos ao longo dos anos, com a adição de novas funcionalidades e recursos, dentre os quais convém destacar aqui o suporte à diversas famílias de endereços, tais como IPv4 Unicast, IPv6 Unicast, IPv4 Multicast, IPv6 Multicast, VPNv4, VPNv6, L2VPN, EVPN, Labeled Unicast, Traffic Engineering, e outros. Confira alguns destes recursos aqui:
- Border Gateway Protocol (BGP) Parameters, Capability Codes, [rfc:4760 Multiprotocol Extensions for BGP-4], Subsequent Address Family Identifiers (SAFI) Parameters.
BNG
Acrônimo: Broadband Network Gateway.
Conheça mais: Concentradores PPPoE com IPv6.
O BNG substitui outro nome/termo, mais defasado, chamado BRAS, ou seja, apesar de serem termos intercambiáveis, recomenda-se, nos dias atuais, referenciá-lo como BNG. O BNG é essencialmente uma plataforma de roteamento equipada com funcionalidades, recursos, protocolos e serviços primários e periféricos orientados para a solução de conectividade de Internet banda larga, atendendo primariamente os assinantes residenciais, embora nada impeça que seja utilizado também para produto de Internet banda larga voltada ao segmento corporativo. O roteador BNG atua como dispositivo roteador (gateway) para as sessões autenticadas de usuários que mantém (daí o termo "concentrador BNG"). O BNG é geralmente usado em combinação com outros componentes e procedimentos, sendo alguns destes mandatórios e, outros, opcionais, variando conforme as definições de cada projeto técnico. Exemplos de tecnologias e procedimentos que "casam" com uma solução BNG: RADIUS, Diameter, PPPoE, IPoE, sejam estes arranjados sobre uma rede puramente Metro Ethernet + IP, ou FTTH/GPON + Metro + IP.
BRAS
Acrônimo: Broadband Remote Access Server.
Vide o acrônimo BNG (Broadband Network Gateway).
Caches Enter-Deep ou Bring-Home
CDN
Acrônimo: Content Delivery Network.
CFP
Acrônimo: C form-factor pluggable (CFP).
CGNAT
Acrônimo: Carrier-Grade Network Address Translation (CGN ou CGNAT)
Control Plane
CPAX
Data Plane
DDoS
Acrônimo: Distributed Denial of Service.
De-Peering
EAQ
eNodeB
Ethernet
EVPN
Acrônimo: Ethernet Virtual Private Network.
FlowSpec
Acrônimo: BGP Flow Specification.
FTTH
Acrônimo: Fiber-to-the-Home.
GGSN
Acrônimo: Gateway GPRS Support Node.
GPON
Acrônimo: Gigabit Passive Optical Network.
H-VPLS
Hierarchical Virtual Private LAN Service.
HTE
HToM
Hub-and-Spoke
IPFIX
Acrônimo: Internet Protocol Flow Information Export.
IPoE
Acrônimo: IP over Ethernet.
IPv4
Acrônimo: Internet Protocol version 4.
IPv6
Acrônimo: Internet Protocol version 6.
IRR
Acrônimo: Internet Routing Registry.
IRU
Acrônimo: Indefeasible Right of Use.
IX
Acrônimo: Internet Exchange.
Jitter
L2VPN
Acrônimo: Layer 2 Virtual Private Network.
L3VPN
Acrônimo: Layer 3 Virtual Private Network.
Latência
MPLS
Acrônimo: Multiprotocol Label Switching.
MPLS Traffic Engineering
Multi-CDN
Multi-tenant
NAT
Acrônimo: Network Address Translation.
NETCONF/Yang
Acrônimo: Network Configuration.
NetFlow
NodeB
OM
OM1 -
OM2 - 62,5/125 microns
OM4 - 50/125 microns
Open/R
(IGP virtualizado)
OSPF
Acrônimo: Open Shortest Path First.
PCC
PCE
Acrônimo: Path Computation. Element.
PCEP
Acrônimo: Path Computation Element Communication Protocol.
Peering
PGW
Acrônimo: Packet Data Network Gateway.
PNI
Acrônimo: Private Network Interconnection.
PPPoE
Acrônimo: Point-to-Point Protocol over Ethernet.
PTT
Acrônimo: Ponto de Troca de Tráfego.
QoS
Acrônimo: Quality of Service.
QSFP
Acrônimo: Quad Small Form Factor Pluggable.
RADIUS
Acrônimo: Remote Authentication Dial In User Service.
RGI Classe V da Anatel para SCM
RNC
Acrônimo: Radio Network Controller.
Roteador
Route-policy
RPKI
Acrônimo: Resource Public Key Infrastructure (RPKI).
RTBH
Acrônimo: Remotely Triggered Black Hole (RTBH).
RUM
SBI
SCM
Acrônimo: Serviço de Comunicação Multimídia.
SeAC
Acrônimo: Serviço de Acesso Condicionado.
SFI
SFP
Acrônimo: Small Form Factor Pluggable.
Segment Routing (SR)
Segment Routing v6 (SRv6)
SGSN
Acrônimo: Serving GPRS Support Node.
STFC
Acrônimo: Serviço Telefônico Fixo Comutado.
SMP
SNMP
Acrônimo: Simple Network Management Protocol.
SSH
Acrônimo: Secure Shell.
Switch
SyncE
Acrônimo: Synchronous Ethernet.
TACACS+
Acrônimo: Terminal Access Controller Access-Control System Plus.
Telnet
Trânsito
uRPF
Acrônimo: Unicast Reverse Path Forwarding.
VPLS
Acrônimo: Virtual Private LAN Service.
VPNv4
Acrônimo: Virtual Private Network version 4.
VPNv6
Acrônimo: Virtual Private Network version 6.
VPWS
Acrônimo: Virtual Private Wire Service.
VxLAN
Acrônimo: Virtual Extensible LAN.
ZFS
Acrônimo: Zettabyte File System.
Autor: Leonardo Furtado