Mudanças entre as edições de "Como decolar na carreira da tecnologia da informacao e comunicacao"

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* O profissional que adquire experiência no dimensionamento e provisionamento de circuitos de comunicação de dados com base nos conhecimentos adquiridos por senso comum, tais como procedimentos estabelecidos por áreas internas da empresa.
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* O profissional de operação de redes que conduz configurações do protocolo de roteamento OSPF com base em experiência adquirida com os procedimentos e padrões definidos pela área de Engenharia da empresa, adquirindo boa competência e segurança no procedimento.
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* O profissional adquire experiência no provisionamento/ativação de circuitos ou serviços (ex: L3VPN, L2VPN, BGP) de clientes em um ISP seguindo um roteiro ou conhecimento herdado. Apesar da experiência e fluidez ao executar o procedimento, o profissional muitas das vezes não conhece bem o funcionamento destas tecnologias ou não sabe justificar os métodos empregados.
 
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* Teorema de Shannon–Hartley para explicar conceitos de capacidades de circuitos digitais
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* O profissional que dimensiona e provisiona circuitos de comunicação de dados empregando o Teorema de Shannon–Hartley para explicar conceitos de capacidades de circuitos digitais, incorporando em seu trabalho os conceitos discutidos pelo <nowiki>RFC 5136</nowiki> (Defining Network Capacity), <nowiki>RFC 2544</nowiki> (Benchmarking Methodology for Network Interconnect Devices), dentre outras práticas, metodologias e ferramentas.
* Determinação de rotas de menor custo com o algoritmo Dijkstra
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* O profissional que, ao projetar, implantar ou suportar uma rede OSPF compreende o funcionamento do algoritmo Dijkstra para a determinação de caminhos de menor custo, e sabe dissertar com propriedade sobre os componentes gerais do OSPF, ou que projeta redes OSPF conhecendo seus componentes e boas práticas.
* O OSPF como protocolo de roteamento link-state mais eficiente que alternativas por protocolos distance-vector
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* O profissional que descreve de forma correta e fluida sobre cada um dos componentes envolvidos na composição de um serviço de cliente (L3VPN, L2VPN, BGP), atentando quanto aos seus respectivos componentes e RFCs, procedimentos homologados pela documentação dos fabricantes de equipamentos, e características de funcionamento e integração do arranjo tecnológico destas soluções.
* Estudo de viabilidade de cobertura RF para projeto WiFi no padrão 802.11ax
 
* Abordagem de projeto de redes hierárquicas, modulares e estruturadas
 
* Eficiência do plano de endereçamento IP, subredes e agregação de rotas
 
 
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* O profissional que dimensiona e provisiona circuitos de comunicação de dados usando como "bússola" os conhecimentos obtidos por experiência prévia em outras áreas da tecnologia de redes, extraindo resultados baseados em observações próprias, in loco.
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* O profissional que realiza procedimentos de configuração e operação do OSPF com base em observações próprias, muitas vezes na base da tentativa & erro e análises de resultados, incorporando seus próprios padrões e métodos na medida em que vai revelando o que pode ser feito e o que não deve ser feito.
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* O profissional que realiza configurações para ativação de um serviço de cliente (ex: L3VPN, L2VPN, BGP), muitas das vezes respondendo à demandas emergenciais ou necessidades de curto prazo, e que experimenta, na base da tentativa/erro, e análises de resultados, concluir o objetivo desejado sem que haja necessariamente um procedimento interno homologado para isto ou o emprego de práticas discutidas pelos padrões associados a estas tecnologias.
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Edição das 15h49min de 28 de maio de 2020

Como Decolar na Carreira da Tecnologia da Informação e Comunicação

Nota sobre direitos autorais, termo de uso e isenção de responsabilidade

Consulte os direitos autorais e licença de uso antes de usar este material em seu blog, ou incorporá-lo a qualquer trabalho de natureza acadêmica ou de destinação profissional.

Autor: Leonardo Furtado

Introdução

Confesso que tive certa dificuldade em produzir este artigo, pois, sabe como é, as vezes a minha cabeça dá aquela viajada e vai a mil! Sabe aquela diferença entre control plane e data plane? RIB e FIB? Nem sempre é fácil colocar de forma prática, concreta e útil mesmo, aquilo que estou maquinando lá nos confins de minha mente...

Mas o que me motivou a seguir adiante e a tentar implementar as minhas idéias aqui, no "data plane", ou seja, na forma de um artigo, foi a constatação após anos e anos dialogando com diversos profissionais na área, dentre alunos, colegas de trabalho e clientes, especificamente quando discutindo (ou observando apenas) a questão de resultados na carreira profissional destes e de outros indivíduos. Faça as seguintes perguntas a si mesmo:

  • Com quantas pessoas você já conversou sobre insatisfação com o trabalho, especialmente aquelas questões relacionadas aos resultados em suas carreiras?
  • Com quantas pessoas você já dialogou que não sabem exatamente por onde começar na área, no que diz respeito a estudos, certificações, e afins?
  • Com quantas pessoas você já dialogou sobre estagnação na questão de conhecimentos? Pessoas que já atuam na área por alguns anos, mas que estão literalmente estagnadas?
  • Quantos indivíduos da área você conhece (talvez você seja um destes!) que possuem em seus computadores, ou até mesmo em HDDs externos, uma fartura monstruosa de materiais de todos os tipos, dentre ebooks, cursos, PDFs, PPTs, etc., mas que, ao mesmo tempo, não conseguem extrair praticamente qualquer coisa útil, ou que usufruem muito pouco disto tudo?
  • Quantos indivíduos "cursomaníacos", os chamados "studentholics", você conhece? Aqueles caras que fazem cursos bem frequentemente de praticamente tudo mas que, ao mesmo tempo, isto aparentemente faz pouca diferença para suas carreiras?

Convenhamos, a quantidade de materiais - fartura mesmo - disponíveis na Internet é praticamente infinita, desde artigos, blogues, vídeos, tutoriais, cursos EAD, sem contar com aquilo que você pode fazer fora da Internet, tais como cursos, seminários e workshops presenciais, dentre tantas coisas. Tudo isso é muito farto e amplamente disponível. E muita gente é exposta a uma rotina assim, com excesso de informação e acesso a todo tipo de material, mas, estranhamente, são pessoas que não conseguem atingir os seus objetivos de carreira. Possuem dificuldades para evoluir técnica e profissionalmente, ou não se sentem realizadas com seus trabalhos vigentes, ou ambos. Onde está o problema?

Ao longo dos meus quase 25 anos de carreira consegui identificar os seguintes quatro perfis de indivíduos que não têm tido êxito nas questões associadas ao crescimento de suas carreiras profissionais. Veja se você consegue se identificar em algum destes perfis:

  1. O indivíduo que tem recursos adequados (materiais, acesso a cursos, mentoria, etc.), mas que não tem organização pessoal para usufruir disto (foco, disciplina, compromisso, responsabilidade, etc.).
  2. O indivíduo que não tem os recursos suficientes (materiais, acesso a cursos, mentoria, etc.), mas possui alguma ou boa organização pessoal (foco, disciplina, compromisso, responsabilidade, etc.).
  3. O indivíduo que tem nem um, nem outro. Ou seja, sem recursos e sem organização pessoal adequados.
  4. O indivíduo que possui ambos recursos e organização pessoal, mas que, mesmo assim, está virtualmente estagnado ou sem ainda obter êxito desejado no crescimento de carreira.

Agora, faço a seguinte pergunta. Aliás, recomendo que você faça também a si mesmo: o que estes quatro perfis possuem em comum?

As minhas respostas seriam:

  1. Obtenção de conhecimentos. Sim, este 4 perfis possuem em comum o interesse pela obtenção de conhecimentos como um dos pilares de objetivos de carreira, visando precisamente o crescimento ou evolução em suas profissões.
  2. Motivações pessoais. Para alguns, uma questão puramente financeira, ou seja, evoluir para conquistar trabalhos de melhor remuneração. Para outros, a pura satisfação de estar lidando com algo que lhes dê prazer ou que os habilitem a encarar e superar desafios. Para muitos, as duas coisas!

Mais uma pergunta aqui: é possível identificar os elementos impeditivos em comum para estes 4 perfis, ou seja, por que, com tantos recursos, materiais, cursos, "excesso de informação", muitos profissionais da área não conseguem evoluir?

A minha resposta mais precisa para esta pergunta é o método. O problema está no método. Ou o método é ausente, incompleto, desfocado, desviado ou disforme. Método possui como significado "ramo da lógica que se ocupa dos métodos das diferentes ciências" e, por extensão, "corpo de regras e diligências estabelecidas para realizar uma pesquisa; método.". Eu entendo que, antes de você querer sair estudando tudo o que vir pela frente, ler indeliberadamente todo o tipo de material, realizar todos os cursos e exames que certificação que aparecerem na sua frente, etc., enfim, que antes de tudo isso, você estabeleça um método. Será exatamente este método que norteará todo o seu roteiro de ascensão profissional, apontará para a direção para qual você deverá navegar, e ditará algumas diretivas essenciais para o êxito desta sua empreitada pela busca do conhecimento:

  • Identificação dos conteúdos relevantes para o meu propósito de carreira, os quais são ditados por objetivos, motivações pessoais, diretivas do trabalho vigente, etc. ("O que eu devo estudar?")
    • A validação de aderência dos temas e tópicos. ("O que é relevante para reconhecimento profissional e funcionamento ou efetividade em curto prazo? E, no longo prazo, o que devo observar para dar o próximo salto na carreira?")
    • A identificação de pré-requisitos e estruturação de interações. ("Qual deverá ser a ordem de prioridades e sequências dos meus estudos?")
  • Elaboração de um plano de estudos. ("Como devo conduzir a minha busca por conhecimentos?")
    • Metodologias didáticas.
    • Recursos didáticos.
    • Ferramentas.
    • Validação e aptidão.
    • Educação continuada.
  • Reorganização pessoal para acomodar meu plano de estudos.
    • Disciplina.
    • Foco.
    • Compromisso.
    • Responsabilidade.
  • Etc.

Por isto que entendo que o método vem antes de tudo. Antes mesmo de questões óbvias, como a disciplina, foco, compromisso e tudo mais, tudo deve começar com o a definição e instauração propriamente dita de um método, pois este deverá compor o alicerce que acomodará todo o resto. E é basicamente por este modelo ou arranjo de idéias que resolvi organizar este artigo. Entenda que este artigo tem uma pegada um tanto "pessoal", e estou sendo honesto com o leitor: não sou formado em pedagogia, não sou educador, tampouco professor. Sou apenas um (acredito) qualificado "arquiteto de soluções de TI" com muitos anos de bagagem nas funções de engenharia de redes e sistemas, projetos executados em mais de 500 empresas, além de umas 7 mil "horas de vôo" atuando também como instrutor. Embora estas credenciais não me qualifiquem como pedagogo ou educador, acho que posso legitimamente contribuir para que estudantes e profissionais da área consigam identificar as suas fraquezas e limitações, almejando êxito para as suas carreiras.

Espero que você curta a leitura deste artigo tanto quanto eu curti para produzi-lo. Vamos lá?

Significado da palavra "conhecimento"

Caso você esteja se perguntando "como decolar na carreira da tecnologia da informação e comunicação?", a resposta mais objetiva para esta pergunta seria: conhecimento.

No entanto, o termo "conhecimento" é um tanto subjetivo e precisaríamos explorar isto com maior propriedade para que consigamos traçar um caminho que de fato vá levá-lo ao tão desejado êxito na carreira da tecnologia da informação e comunicação (ou "TIC"). E é exatamente esta e outras respostas que planejo abordar neste artigo, além de tentar sugerir um plano ou roteiro que possa ser seguido por você, leitor, seja você um iniciante na área ou um profissional já rodado, com alguma experiência.

Para provar que o termo conhecimento é tão subjetivo para os nossos propósitos, mas, ao mesmo tempo, tão óbvio, vejamos o seu significado gramatical:

Substantivo masculino

1. ato ou efeito de conhecer.

2. ato de perceber ou compreender por meio da razão e/ou da experiência.

Significado de conhecimento, conforme o dicionário Aurélio:

Substantivo masculino. Entendimento sobre algo; saber: conhecimento de leis. Ação de entender por meio da inteligência, da razão ou da experiência. [Por Extensão] Ação de dominar uma ciência, uma arte, um método, um procedimento etc.: ele tinha grande conhecimento de história.

Tipos de conhecimentos e como estes estão relacionados com a nossa carreira na área de TIC

Para que tudo possa fazer sentido neste artigo precisamos envolver melhor o uso deste termo, deste substantivo denominado "conhecimento", pois, afinal de contas, temos que identificar quais coisas, situações, contextos e propósitos deverão estar compreendidos nesta definição. E como isto pode ser vislumbrado nos diversos tipos de conhecimentos de acordo com os modelos empregados pelos indivíduos mais "letrados" nesta seara da pedagogia.

Os padrões ou tipos de conhecimentos que você precisa perseguir para atuar na área de TIC, ou para especializar-se em uma determinada tecnologia, variam de acordo com o perfil que você preenche atualmente ou que pretende preencher em futuro próximo, como uma nova vaga, upgrade de nível na área, dentre outras situações. Para começarmos, tentemos classificar estes padrões de conhecimentos que entendo fazerem parte da área de TIC, e fazendo isto através de uma linguagem mais técnica inicialmente. Na tabela a seguir, ficarei nos tipos de conhecimentos e como estes podem estar associados com a nossa carreira de TIC. Para esta dissertação de casos, desprezarei a necessidade de incluir conhecimento teológico, mítico, sensorial, artístico e outros.

Tipos de conhecimentos, suas características e situações gerais, e como estes estão relacionados com a nossa carreira na área de TIC
Empírico Científico Filosófico Tácito
Definição É o tipo de conhecimento que adquirimos no dia-a-dia, muitas vezes com base na tentativa e erro, obtido principalmente por observação, experiência em lidar com os resultados e senso comum; conhecimento obtido através da vivência com equipes e times de trabalho. É chamado também de conhecimento popular, vulgar, ou por herança. Esse tipo de conhecimento engloba análises de informações e fatos que foram cientificamente comprovados por meios de métodos, observações associadas à experimentações, e servindo para atestar a veracidade ou falsidade de determinada teoria ou conceito. É o conhecimento que surge das reflexões que fazemos sobre as questões imateriais e subjetivas, baseado na reflexão e construção de conceitos e ideias, a partir do uso do raciocínio em busca do saber, e tendo como principal preocupação questionar e encontrar respostas racionais para determinadas questões, mas não necessariamente comprovar algo. Similar ao conhecimento empírico, o conhecimento tácito se baseia nas experiências vivenciadas individualmente por cada pessoa ao longo da vida, sendo, neste caso, um conhecimento particular do indivíduo.
Valor É valorativo, pois este tipo de conhecimento apoia-se nas experiências pessoais. Acredita-se que o conhecimento empírico ajuda a percorrer um caminho mais curto, através do qual relacionamos tudo o que observamos com nossas experiências anteriores. O valor deste conhecimento é factual, uma vez que lida efetivamente com fatos e ocorrências. Valorativo, pois este tipo de conhecimento lida com hipóteses que não podem ser observadas. É valorativo, pois este tipo de conhecimento apoia-se nas experiências pessoais, mais ainda do que os conhecimentos obtidos de forma empírica.
Verificação É verificável, pois se trata de situações ligadas ao dia-a-dia. É verificável, pois é alimentado por fatos e resultados. Não é verificável, pois se trata de teorias que não podem ser testadas. Ou seja, seu ponto de partida consiste em hipóteses, as quais não poderão ser submetidas à observação É verificável, pois se trata de situações ligadas ao dia-a-dia.
Exatidão Falível, pois não é definitivo, já que determinada idéia ou teoria pode ser derrubada e substituída por outra, e inexato. Falível, pois não é definitivo, já que determinada idéia ou teoria pode ser derrubada e substituída por outra, a partir de novas comprovações e experimentações científicas, e aproximadamente exato. Infalível, pois suas hipóteses e definições não são submetidas ao decisivo teste da observação ou experimentação. e exato. Falível, pois não é definitivo, já que determinada idéia ou teoria pode ser derrubada e substituída por outra, e inexato.
Sistema É assistemático, pois é organizado com base nas experiências do indivíduo exercitadas sob senso comum. É sistemático, pois todo o conhecimento é ordenado logicamente. É sistemático, pois este conhecimento busca uma coerência com a realidade estudada. É assistemático, pois se baseia nas experiências vivenciadas individualmente ao longo da vida.
Exemplos gerais
  • Leite com manga faz mal.
  • Chá de boldo cura problemas no fígado
  • Beber café para ficar acordado.
  • Um agricultor que, mesmo sem nenhum estudo, sabe exatamente quando plantar e colher cada vegetal.
  • Bombril nas antenas dos televisores antigos para melhorar a recepção do sinal
  • Lei da Gravidade
  • Biogênese
  • Teoria da Relatividade Geral
  • Teorema de Pitágoras
  • Sequenciamento de DNA
  • "O amor é a expressão da carência" (Platão)
  • "Penso, logo existo" (Descartes)
  • “Todos vêem o que você parece ser, mas poucos sabem o que você realmente é” (Maquiavel)
  • “Ao falar você apenas repete o que já sabe, mas ao ouvir, talvez possa aprender alguma coisa.” (Dalai Lama)
  • “Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes.” (Leonardo da Vinci)
  • Andar de bicicleta
  • Tocar instrumento musical (sem relação com o conhecimento artístico)

Em ambos os casos, tratam-se de algo que é aprendido apenas a partir da experiência e tentativa, sendo desnecessário o uso de instruções escritas ou orais para aprender.

Exemplos relacionados à área de TIC
  • O profissional que adquire experiência no dimensionamento e provisionamento de circuitos de comunicação de dados com base nos conhecimentos adquiridos por senso comum, tais como procedimentos estabelecidos por áreas internas da empresa.
  • O profissional de operação de redes que conduz configurações do protocolo de roteamento OSPF com base em experiência adquirida com os procedimentos e padrões definidos pela área de Engenharia da empresa, adquirindo boa competência e segurança no procedimento.
  • O profissional adquire experiência no provisionamento/ativação de circuitos ou serviços (ex: L3VPN, L2VPN, BGP) de clientes em um ISP seguindo um roteiro ou conhecimento herdado. Apesar da experiência e fluidez ao executar o procedimento, o profissional muitas das vezes não conhece bem o funcionamento destas tecnologias ou não sabe justificar os métodos empregados.
  • O profissional que dimensiona e provisiona circuitos de comunicação de dados empregando o Teorema de Shannon–Hartley para explicar conceitos de capacidades de circuitos digitais, incorporando em seu trabalho os conceitos discutidos pelo RFC 5136 (Defining Network Capacity), RFC 2544 (Benchmarking Methodology for Network Interconnect Devices), dentre outras práticas, metodologias e ferramentas.
  • O profissional que, ao projetar, implantar ou suportar uma rede OSPF compreende o funcionamento do algoritmo Dijkstra para a determinação de caminhos de menor custo, e sabe dissertar com propriedade sobre os componentes gerais do OSPF, ou que projeta redes OSPF conhecendo seus componentes e boas práticas.
  • O profissional que descreve de forma correta e fluida sobre cada um dos componentes envolvidos na composição de um serviço de cliente (L3VPN, L2VPN, BGP), atentando quanto aos seus respectivos componentes e RFCs, procedimentos homologados pela documentação dos fabricantes de equipamentos, e características de funcionamento e integração do arranjo tecnológico destas soluções.
  • O profissional que dimensiona e provisiona circuitos de comunicação de dados usando como "bússola" os conhecimentos obtidos por experiência prévia em outras áreas da tecnologia de redes, extraindo resultados baseados em observações próprias, in loco.
  • O profissional que realiza procedimentos de configuração e operação do OSPF com base em observações próprias, muitas vezes na base da tentativa & erro e análises de resultados, incorporando seus próprios padrões e métodos na medida em que vai revelando o que pode ser feito e o que não deve ser feito.
  • O profissional que realiza configurações para ativação de um serviço de cliente (ex: L3VPN, L2VPN, BGP), muitas das vezes respondendo à demandas emergenciais ou necessidades de curto prazo, e que experimenta, na base da tentativa/erro, e análises de resultados, concluir o objetivo desejado sem que haja necessariamente um procedimento interno homologado para isto ou o emprego de práticas discutidas pelos padrões associados a estas tecnologias.